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Empreender: desafio que gera autonomia

Por Isabel Cristina
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Foto: Isabel Cristina

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Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a participação das mulheres no mercado de trabalho passou de 41,7% em 2015 para 42,2% em 2016. Os dados apontam que, em um ano, o número de mulheres a frente de um negócio subiu de 28,7% para 30,8%. O SEBRAE mostra que o número de negros empreendedores também cresceu em 28,5% no ano de 2016.

 

Mulher e negra, Erika Santos, 29 anos, ilustra as estatísticas. Há cinco anos na área da moda afro, decidiu empreender e colocar em prática não somente um projeto de vida pessoal, mas também coletivo, em busca de autonomia financeira e melhores condições de trabalho. Para ela, ser mulher, negra e empreender é uma forma de enfrentar o racismo em todas as esferas da sociedade. “Os desafios são muitos, edificar e crescer no mercado capitalista exige preparo e formação. É preciso buscar financiamento para investir e alcançar novos rumos, como expandir no mercado e difundir nossos produtos em outros espaços”, destaca.

 

Na área do empreendedorismo, a gestora de carreiras Dilze Percílio acredita que as mulheres negras são maioria, mas a sociedade brasileira ainda apresenta dificuldade em reconhecer o racismo como marcador de desigualdades. Para ela a inserção da mulher negra no mercado de trabalho ainda é marcada pelo pensamento inferiorizado. "A gente ainda está longe de demonstrações de igualdade. Tivemos avanços sim, e temos que comemorá-los, mas é preciso correr para que haja essa efetiva igualdade", ressalta.

 

A renda média real recebida pelas pessoas negras ocupadas no país foi estimada em R$ 2.043,00 no quarto trimestre de 2016, segundo a Pnad. Já o rendimento dos brancos era de R$ 2.660,00. Para Erika, a lacuna é grande e a igualdade no mercado de trabalho ainda está distante. “Conquistar espaços de poder e autonomia é muito importante para superamos relações de opressão e racismo na sociedade. Penso que nós, mulheres negras, temos uma importante participação nas transformações da sociedade contemporânea. Estamos falando, escrevendo, produzindo cultura, moda e outros, numa perspectiva de novos paradigmas rumo à descolonização da sociedade”, afirma.

 

Dilze Percílio explica que, diferente do que muitas vezes acontece no mercado formal, no empreendedorismo, não há uma discriminação objetiva ou velada com relação às mulheres e negros. "Existe uma estrutura de economia mais compartilhada, menos hierarquizada, que exige, dependendo do negócio, um capital pequeno e aí você não precisa ser de uma classe social mais abastada ou ter uma família com dinheiro. Com um espírito empreendedor e um capital adequado, você consegue ser desde um microempreendedor individual até montar uma pequena empresa", explica.

 

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